Filhos, a compreensão é a virtude que vos predispõe naturalmente ao perdão.
Compreendei para perdoar.
Não conserveis ressentimentos no coração, sabendo que aquele que vos decepciona é um companheiro vencido pelos seus próprios conflitos.
Não exijais dos outros infalibilidade.
Os amigos que seguem ao vosso lado são espíritos assinalados por muitas limitações, aparentando exteriormente o que ainda não são.
Compadecei-vos das mazelas alheias, não sobrecarregando os ombros daqueles que avançam.
Não condicioneis a vossa conduta no bem à conduta de quem quer que seja; que a vossa fé não dependa da demonstração de fé dos que vos inspiram na jornada...
Somente em Jesus devereis vos encorajar na luta.
Os irmãos de crença espírita são, afinal, espíritos comprometidos com o passado: nenhum deles se encontra imune ao assédio das trevas.
Não raro, o personalismo e a vaidade apenas ocultam nas almas uma vestimenta de chagas...
Os que intentam brilhar para o mundo estão longe de possuir luz própria.
Quem, há séculos, se habituou nas sombras, só gradativamente se acostuma à claridade.
O homem sem maior entendimento do Evangelho transfere a sua ambição concernente às coisas materiais para as coisas divinas.
Os apóstolos não chegaram a disputar entre si a primazia de estarem, no Reino Celeste, ao lado do Senhor?
Assim, tomai vós mesmos a iniciativa da exemplificação e da coragem de vivenciar, de forma irrepreensível, a crença que abraçastes.
BEZERRA DE MENEZES