Não existe casa espírita ou instituição qualquer, que possa dispensar a presença de pessoas, para fazê-la funcionar a contento em atendimento aos seus objetivos.
Especialmente a casa espírita, em virtude das nobres atividades a que se propõe, se faz muito mais dependente da união e da cooperação de seus trabalhadores em todas as atividades que nela se realizarem, onde o entrosamento e o bom relacionamento dos seus membros são fatores determinantes do bom êxito nos trabalhos espirituais a que se destina.
No grupo, o individualismo deve ceder lugar ao espírito de equipe para que possa lograr sucesso nas atividades em desenvolvimento.
Para tanto é imprescindível que algumas medidas sejam antecipadamente estabelecidas para que o personalismo exagerado não prejudique o conjunto, que deve buscar a cada dia o aprimoramento de todos e das atividades da casa.
Antes do começo da tarefa a que se destina o grupo, é preciso que se reúnam para que possam juntos participar da elaboração das propostas e definirem a responsabilidades de cada membro do grupo.
Após esse acordo definido, é necessário que todos se entreguem ao trabalho com boa vontade e comprometimento com as metas a alcançar e que cada trabalhador se esmere na parte da tarefa que lhe está determinada.
É necessário que o trabalho de responsabilidade do grupo seja constantemente avaliado por todos os seus participantes, para que sejam feitas as adaptações, as mudanças ou as possíveis modificações que se fizerem necessárias nas partes que não estiverem alcançando os resultados almejados, sem que isso seja motivo de constrangimento para quem quer que seja.
Ouvindo-se e analisando-se com equilíbrio as críticas e as sugestões de todos, pode-se encontrar as soluções mais adequadas para a melhora da situação, proporcionando a integração e a harmonia da equipe, facilitando um relacionamento sincero e fraterno entre os indivíduos envolvidos no trabalho.
É necessário que todos entendam que não existe o grupo perfeito e que por essa razão, é importante trabalhar as diferenças existentes entre cada membro da equipe, que podem ter causas diversas, entre outras as diferenças sociais, culturais etc., e que os possíveis conflitos que surgirem devem ser administrados com equilíbrio, paciência, compreensão e muita conversa, para que sejam evitadas de todas as formas possíveis, as pequeninas querelas que se não forem bem administradas podem se tornarem sérios obstáculos ao bom desempenho do grupo na conquista do objetivo planejado.
A benfeitora Joanna de Angelis nos esclarece:
“Estamos no lugar certo, ao lado das pessoas corretas, vivendo com aqueles que nos são melhores elementos para a execução do programa.
A pretexto de novas experiências ou fascinados pela utopia de novas emoções, não perturbemos o culto dos nossos deveres com fidelidade.
Tornemo-nos o vaso onde deve arder a flama do bem, oferecendo, também, o óleo dos nossos esforços reunidos a benefício da intensidade da luz”. ¹
Fonte: Livro Após a Tempestade – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Angelis, Cap. 24.